Usina Hidrelétrica
de Paulo Afonso
Em 15 de janeiro de 1955 foi inaugurado no Rio
São Francisco, na Bahia, a Usina de Paulo Afonso,
Pelo então Presidente da República, João Café Filho.
A construção da hidroelétrica deu-se principalmente
Durante o segundo governo de Getúlio Vargas e representou
Uma verdadeira revolução na infra-estrutura do Nordeste.
Até a inauguração de Paulo Afonso a energia elétrica
fornecida a região era gerada por usinas termoelétricas.
Essas instalações não conseguiam atender a demanda
nordestina e menos ainda ensejar a expansão da atividade
industrial e de serviços.
Dessa forma, a falta de oferta de energia elétrica representava
um gargalo para o desenvolvimento econômico da região,
especialmente no que tange o desenvolvimento industrial.
A idéia de aproveitar as quedas de água do Rio Francisco
era muito antiga. Em 1859 D.Pedro II visitou a cachoeira
de Paulo Afonso. Impressionado com o que vira, ele
determinou
a realização de estudos sobre o potencial de geração de
energia da cachoeira.
Mas coube ao visionário industrial Delmiro Gouveia,
a construção da primeira unidade de geração
de eletricidade em Paulo
Afonso: a pequena Usina Angiquinho. Ela fora criada
em 1913, com o objetivo de alimentar a famosa Fábrica da Pedra,
uma indústria têxtil criada por Delmiro em Alagoas, bem como
de prover de iluminação pública a vila operária por
ele instalada
na localidade de Pedras, Alagoas, 24 km distante da Usina.
Delmiro Gouveia adquirira os equipamentos na Europa e o projeto
e montagem da usina coube a engenheiros estrangeiros.
Quarenta e dois anos mais tarde, em 3 de outubro de 1945,
no final de seu primeiro governo, Getúlio Vargas assinou o
Decreto-Lei 8.031 criando a Companhia Hidroelétrica do
São Francisco. O objetivo da nova empresa era a geração e
distribuição de eletricidade no Nordeste, com o propósito de
viabilizar o desenvolvimento econômico da região.
A exemplo da Companhia Siderúrgica Nacional a
Chesf foi organizada como uma sociedade de economia mista.
A empresa era subordinada ao Ministério da Agricultura, cujo
titular era o engenheiro agrônomo Apolônio Sales. Foi ele o
idealizador da Usina de Paulo Afonso.
Depois da queda de Getúlio, o projeto permaneceu parado
durante mais de dois anos. Apenas no terceiro ano do
Governo Dutra, em 15 de março de 1948, a Chesf
ganhou vida, tendo início o projeto da Usina de Paulo Afonso.
Foram então iniciados os estudos e o projeto para uma usina
a fio d' água, contando com uma barragem de concreto de
4 215 metros, além de uma casa de máquinas subterrânea
com três reatores, cada um deles com cerca de 60 000 kW
de capacidade, totalizando 180 000 kW.
No último ano do Governo Dutra teve início as obras
da barragem e da casa de máquinas. As obras prosseguiram por todo
segundo período de governo de Vargas e poucos meses depois de
sua morte, em 1º de dezembro de 1954, ainda durante o período de
governo para o qual Getúlio havia sido eleito, entraram em funcionamento
os dois primeiros geradores da Usina, abastecendo Recife e Salvador.
Menos de um ano mais tarde entrava em operação o terceiro gerador.
O advento de Paulo Afonso permitiu que a iluminação pública se
disseminasse por toda o Nordeste e tornou possível a expansão da
atividade industrial.
A Usina de Paulo Afonso foi a primeira grande hidroelétrica
construída pelo governo brasileiro.
A exemplo de outras empresas de infra-estrutura criadas por
Getúlio Vargas, a Chesf tornou-se uma grande empresa.
Sua capacidade de geração de energia elétrica multiplicou-se
mais de cinqüenta vezes desde o início das operações de
Paulo Afonso em 1954. A empresa detém hoje uma capacidade
de eletricidade da ordem de 10.704 mW, 10.271 dos quais de origem
hidráulica. Apenas em Paulo Afonso foram construídas mais
quatro usinas, elevando a capacidade do complexo para
mais de 1 mW.
A Chesf conta ainda com usinas termo elétricas que geram
432 000 kW, além de unidades de produção energia eólica.
É a companhia que detém o maior parque de geração de
eletricidade do País. Fonte: www.getulio50.org.br
Usina Hidrelétrica de Xingó
É uma usina hidrelétrica brasileira localizada entre os Estados de Alagoas e Sergipe, situando-se a 12 km do município de Piranhas (Alagoas) e a 6 km do município de Canindé do São Francisco (Sergipe).
A Usina de Xingó está instalada no rio São Francisco, principal rio da região nordestina, com área de drenagem de 609.386 km2 , bacia hidrográfica da ordem de 630.000 km2, com extensão de 3.200 km, desde sua nascente na Serra da Canastra em Minas Gerais, até sua foz em Piaçabuçu/AL e Brejo Grande/SE.
Está posicionada com relação ao São Francisco a cerca de 65 km à jusante do Complexo de Paulo Afonso, constituindo-se o seu reservatório, face as condições naturais de localização num canyon, numa fonte de turismo na região através da navegação no trecho entre Paulo Afonso e Xingó, além de prestar-se ao desenvolvimento de projetos de irrigação e ao abastecimento d’água para a cidade de Canindé.
Compreendem o represamento de Xingó as seguintes estruturas: barragem de enrocamento com face de concreto a montante com cerca de 140 m de altura máxima; na margem esquerda (Estado de Alagoas) situa-se o vertedouro de superfície do tipo encosta com duas calhas e 12 comportas do tipo segmento com capacidade de descarga de 33.000 m3/s; na margem direita (Sergipe) estão localizados os muros, tomada d’água, condutos forçados expostos, casa de força do tipo semi-abrigada, canal de restituição e diques de seção mista terra-enrocamento, totalizando o comprimento da crista em 3.623,00 m. A usina geradora é composta por 6 unidades com 527.000 kW de potência nominal unitária, totalizando 3.162.000 kW de potência instalada, havendo previsão para mais quatro unidades idênticas numa segunda etapa.
A energia gerada é transmitida por uma subestação elevadora com 18 transformadores monofásicos de 185 MVA cada um que elevam a tensão de 18 kV para 500 kV.
Matéria do Site:
Hidrelétrica de Sobradinho
Projeto O Aproveitamento Hidrelétrico de Sobradinho está instalada no São Francisco, principal rio da região nordestina, com área de drenagem de 498.968 km² , bacia hidrográfica da ordem de 630.000 km², com extensão de 3.200 km, desde sua nascente na Serra da Canastra em Minas Gerais, até sua foz em Piaçabuçu/AL e Brejo Grande/SE. A Usina está posicionada no rio São Francisco a 748 km de sua foz, possuindo, além da função de geração de energia elétrica, a de principal fonte de regularização dos recursos hídricos da região. Extensão O reservatório de Sobradinho tem cerca de 320 km de extensão, com uma superfície de espelho d’água de 4.214 km² e uma capacidade de armazenamento de 34,1 bilhões de metros cúbicos em sua cota nominal de 392,50 m, constituindo-se no segundo maior lago artificial do mundo, garantindo assim, através de uma depleção de até 12 m, juntamente com o reservatório de Três Marias/CEMIG, uma vazão regularizada de 2.060 m³/s nos períodos de estiagem, permitindo a operação de todas as usinas da CHESF situadas ao longo do Rio São Francisco. Panorama da Hidrelétrica de Sobradinho. Eclusa Barragem Barragem de Sobradinho.Compreendem o represamento de Sobradinho as seguintes estruturas: Barragem de terra zoneada com 12.000.000 de m³ de maciço, altura máxima de 41 m e comprimento total de 12,5 km. Casa de força com 6 unidades geradoras acionadas por turbinas Kaplan com potência unitária de 175.050 kW, totalizando 1.050.300 kW. Vertedouro de superfície e descarregador de fundo dimensionados para extravasar a cheia de teste de segurança da obra. Tomada d’água com capacidade de até 25 m³/s para alimentação de projetos de irrigação da região. Linha de transmissão A energia gerada é transmitida por uma subestação elevadora com 09 transformadores monofásicos de 133,3 MVA cada um, que elevam a tensão de 13,8 kV para 500 kV. A partir daí a conexão com o sistema de transmissão da CHESF é efetuada através da subestação seccionadora de Sobradinho 500/230 kV. |
FONTE: http://www.chesf.gov.br/energia_usinas_sobradinho.shtml
Usina Hidrelétrica de Moxotó
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A Usina Hidrelétrica de Moxotó, construída em 1971, está localizada a cerca de quatro quilômetros a montante do barramento das Usinas Paulo Afonso I, II e III, no município baiano de Paulo Afonso.
Foi inaugurada em 1975. Em 1983, passou a ser chamada Usina Apolônio Sales.
Sua construção e operação formou um reservatório de 100 quilômetros quadrados, acumulando 1,2 bilhão de metros cúbicos de água, totalizando uma potência instalada de 440.000 quilowatt.