Composição: Luiz Gonzaga /
Humberto Teixeira
Ai, ai, que bom
Que bom, que bom que é
Uma estrada e uma cabocla
Cum a gente andando a pé
Ai, ai, que bom
Que bom, que bom que é
Uma estrada e a lua branca
No sertão de Canindé
Artomove lá nem sabe se é home ou se é muié
Quem é rico anda em burrico
Quem é pobre anda a pé
Mas o pobre vê nas estrada
O orvaio beijando as flô
Vê de perto o galo campina
Que quando canta muda de cor
Vai moiando os pés no riacho
Que água fresca, nosso Senhor
Vai oiando coisa a grané
Coisas qui, pra mode vê
O cristão tem que andá a pé
Parte da Historia de Canindé
Há registros de que, em 1764, o lugar já era habitado e dividido em latifúndios, onde eram exploradas a criação de gado e a lavoura.
No ano de 1775, o sargento-mor português, Francisco Xavier de Medeiros, historicamente reconhecido como fundador do povoado, estabeleceu-se às margens do Rio Canindé, onde iniciou a construção da capela dedicada a São Francisco das Chagas, contando com o auxílio de habitantes locais.
O terreno onde a capela já estava sendo erguida era situado em terras não demarcadas, porém, teve posse reivindicada por três irmãos fazendeiros, tendo de ser interditada por ordem judicial. Além disso, a seca dos três sete, referente ao ano de 1777, também foi razão para a interrupção das obras até 1793.
Somente em 1796, a capela foi inaugurada, tendo como primeiro responsável o padre João José Vieira. Além disso, o Capitão Jerônimo Machado doou a imagem grande de São Francisco, que foi trazida de Portugal. Por essa época, já era venerada em Canindé a imagem primitiva, chamada “São Francisquinho”, que ainda hoje é conduzida solenemente na tradicional procissão do dia 4 de outubro.
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